Sulinha Cidad3: Boneca Clara Nunes versão Nação

01 abril, 2013

Boneca Clara Nunes versão Nação

Estava numa loja de artigos para presente quando me deparei com essa Barbie cujo o rosto me trouxe a lembrança da enigmática cantora Clara Nunes. Nem estava nos meus planos fazê-la agora mas ela literalmente “me chamou”... Comprei a boneca e iniciei minha pesquisa para ver em que visual customizaria a minha “Clara”! Após conversar com fãs, fuçar arquivos, mexer em fotos e videos, decidi de última hora que ela ficaria linda e serena se eu a recriasse tal qual o ensaio fotográfico do clipe “Nação”, com aquela coroa de flores na cabeça e juba avermelhada. O cabelo então foi frisado com choque térmico e recebeu nova cor, numa mistura que tive que criar exclusivamente para essa customização. Em seguida, refiz toda a sua maquiagem, dando inclusive uma modificada na boca para deixar o seu sorriso mais tranqüilo igual ao da cantora no vídeo escolhido. A roupa foi uma história a parte: toda feita em fitas e bicos (em 4 cores), os mais de 10 metros de babados tiveram que ser unidos com linha e agulha porque com cola definitivamente não consegui o resultado que queria. Levei 2 dias para montar a saia junto com a parte de cima do vestido e só depois de tudo milimetricamente alinhavado é que consegui unir as partes e colar em definitivo no corpo da boneca... Ufa!!! Deu um trabalhão!!! A finalização da “Clara” ficou por conta da coroa de flores que também não foi obra das mais fáceis pois além da complicada escolha das cores, precisei fazer um arranjo minúsculo com florezinhas desidratadas e pedrarias, tudo direto na cabeça da boneca e com cola quente e uma pinça!! E depois ainda tem quem me pergunte o porquê que eu não vendo meus filhotes...

Me lembro que ouvia muito as músicas da

Clara Nunestocar no rádio quando eu era criança no Rio de Janeiro, e mesmo sem ainda entender nada de suas mensagens, gostava de sua voz com gostinho de cotidiano, independente dela ser devota do Candomblé e minha família fazer parte dos preceitos do Catolicismo. Afinal, nunca fomos, nem eu e nem meus pais, de ficar indo a missas de domingo e nem tínhamos medo de ir para o inferno por isso. Acreditar em Deus sempre foi o suficiente e preconceito não fazia parte de nosso dicionário. Tanto é que, mesmo não sendo tiete, pedimos muito a Deus em nossas orações católicas para que não deixasse Clara Nunes morrer tão precocemente vítima de uma mal sucedida cirurgia (no início da década de 80), fato que acabou infelizmente acontecendo. Hoje, na era do DVD, me satisfaço em rever e ouvir quantas vezes quiser aquela simpática cantora de voz envolvente que me traz boas lembranças de minha infância feliz de garoto meio carioca.